Hoje quando se fala em juventude, geralmente é para falar
de seus conflitos, de seus problemas, de sua incompreensão e rebeldia, de
vícios, drogas. Há uma abordagem negativa da juventude. Há poucos que confiam
nela sincera e totalmente. Desta forma, os próprios jovens passam a ter de si,
inconscientemente, uma imagem depreciativa, acreditando que os vícios e a
alienação são realmente sua realidade “natural”. Como não lhes apresentam
objetivos mais nobres, como não lhes oferecem chances de desenvolver seu pleno
potencial, sua responsabilidade e maturidade, eles não se vêem motivados a
ocupar espaços mais sólidos e significativos de participação social.
É necessário perceber que a própria alienação ou revolta
dos jovens é um sinal positivo. Demonstra a recusa do mundo que vêem ao redor
de si, sua recusa em compactuar com um mundo onde eles só vêem mentira,
violência, injustiça e sofrimento. É natural que não percebendo em si força
para transformar a realidade, eles a neguem e combatam de forma imatura. É
preciso oferecer aos jovens a possibilidade de descobrirem seu valor e sua
dignidade. É essencial para que possam realmente mudar o futuro que recuperem o
senso de honra e respeito próprio, que se percebam como seres humanos dignos e
capazes interiormente. O homem que se reconhece como um ser espiritual adquire
forças para lutar, ainda que sozinho, pela transformação da realidade. Senão,
será vítima dos modismos, sem firmeza ou certeza alguma que o capacite a agir.
O Papa já nos dizia precisamos de jovens SANTOS
de CALÇA JEANS:
"Precisamos de Santos sem véu ou batina. Precisamos
de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e
passeiam com os amigos.”
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar,
mas que se "lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar
e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com
uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as
necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo se santifiquem no
mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam hot dog,
que usem jeans, que sejam internautas, que escutem iPod.
Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que não
tenham vergonha de tomar um refrigerante ou comer pizza no fim-de-semana com os
amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de
música, de dança, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos,
alegres, companheiros.
Precisamos
de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do
mundo, mas que não sejam mundanos".