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A chantagem
indecorosa
Helio
Amorim*
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Documentos
da Igreja
Comprometer-se na ação
Octagesima
Adveniens, n° 48 – Papa Paulo VI
48. (...) "Os leigos devem assumir como sua tarefa
própria a renovação da ordem temporal. Se o papel da Hierarquia consiste em
ensinar e interpretar autenticamente os princípios morais que hão de ser
seguidos neste domínio, pertence aos
leigos, pelas suas livres iniciativas e sem esperar passivamente ordens e
diretrizes, imbuir de espírito cristão a mentalidade e os costumes, as leis
e as estruturas da sua comunidade de vida".(PP33)
Seria bom que cada um procurasse examinar-se, para ver o
que é que já fez até agora e aquilo que deveria fazer.
Não basta recordar os princípios, afirmar as intenções, fazer notar as
injustiças gritantes e proferir denúncias proféticas; estas palavras
ficarão sem efeito real, se elas não forem acompanhadas, para cada um em
particular, de uma tomada de consciência mais viva da sua própria
responsabilidade e de uma ação efetiva.
É por demais fácil atirar sobre os outros a
responsabilidade das injustiças sem se dar conta ao mesmo tempo de como se
tem parte nela, e de como, antes de tudo o mais, é necessária a conversão
pessoal. Esta humildade fundamental servirá para tirar à
ação todo o caráter de intolerância e todo o sectarismo; além disso, ela
evitará também o descoroçoamento em face de uma tarefa que pode aparecer
como desmesurada.
A
esperança do cristão provém-lhe, antes de mais, do fato de ele saber que o
Senhor está operando conosco no mundo, e que Ele continua no seu Corpo que
é a Igreja - e, por esta, na humanidade inteira - a Redenção realizada
sobre a Cruz e que resplandeceu em vitória na manhã da Ressurreição. (34)
Tal
esperança provém-lhe igualmente do fato de ele saber que outros homens estão também operando no sentido de se
empreender ações convergentes de justiça e de paz; existe, de fato, por
detrás de uma aparência de indiferença, no coração de cada homem, uma
vontade de vida fraterna e uma sede de justiça e de paz, que importa
simplesmente despertar.
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Teologia
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O atrativo de Jesus
José Antonio Pagola
Teólogo
espanhol, comenta João 12, 20-33
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Uns
peregrinos gregos que vieram celebrar a Páscoa dos judeus aproximaram-se de
Felipe com uma petição: "Queremos ver Jesus". Não é curiosidade.
É um desejo profundo de conhecer o mistério que se encerra naquele Homem de
Deus. Também a eles lhes pode fazer bem.
Jesus
é visto preocupado. Dentro de alguns dias será crucificado. Quando lhe
comunicam o desejo dos peregrinos gregos, pronuncia umas palavras
desconcertantes: "Chega a hora de que seja glorificado o Filho do
Homem". Quando for crucificado, todos poderão ver com claridade onde
está a Sua verdadeira grandeza e a Sua glória.
Provavelmente
ninguém entendeu nada. Mas Jesus, pensando na forma de morte que o espera,
insiste: "Quando Eu for elevado sobre a terra, atrairei todos até
Mim". Que se esconde no crucificado para que tenha esse poder de
atração? Apenas uma coisa: O Seu amor incrível a todos.
O
amor é invisível. Só o podemos ver nos gestos, nos sinais e na
entrega de quem nos quer bem. Por isso, em Jesus crucificado, na Sua vida
entregue até à morte, podemos perceber o amor insondável de Deus. Na
realidade, só começamos a ser cristãos quando nos sentimos atraídos por
Jesus. Só começamos a entender algo da fé quando nos sentimos amados por
Deus.
Para
explicar a força que se encerra em Sua morte na cruz, Jesus utiliza uma
imagem simples que todos podemos entender: "Se o grão de trigo não cai na terra e morre, fica infecundo;
mas se morre, dá muito fruto". Se o grão morre, germina e faz brotar a
vida; mas se se encerra no seu pequeno invólucro e guarda para si a sua
energia vital, permanece estéril.
Essa
bela imagem descobre-nos uma lei que atravessa misteriosamente a vida
inteira. Não é uma norma moral. Não é uma lei imposta pela religião. É a
dinâmica que torna fecunda a vida de quem sofre movido pelo amor. É uma
ideia repetida por Jesus em diversas ocasiões: Quem se agarra egoisticamente
à sua vida, coloca-a a perder; quem sabe entregá-la com generosidade gera
mais vida.
Não
é difícil comprová-lo. Quem vive
exclusivamente para o seu bem-estar, o seu dinheiro, o seu êxito, a sua
segurança, acaba vivendo uma vida medíocre e estéril: a sua passagem por
este mundo não faz a vida mais humana. Quem se arrisca a viver uma atitude
aberta e generosa difunde a vida, irradia alegria, ajuda a viver.
Não
há uma forma mais apaixonante de viver que fazer a vida dos outros mais
humana e leve. Como poderemos seguir Jesus se não nos sentimos atraídos
pelo Seu estilo de vida?
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Frases
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Os homens compram tudo
pronto nas lojas... Mas como não há lojas de amigos, os homens não têm
amigos.
Há vitórias que
exaltam, outras que corrompem; derrotas que matam, outras que despertam.
As pessoas crescidas
têm sempre necessidade de explicações... Nunca compreendem nada sozinhas e
é fatigante para as crianças estarem sempre a dar explicações.
Num mundo que se faz
deserto, temos sede de encontrar um amigo.
Antoine Saint-Exupéry, escritor
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Nota de falecimento
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Chico Anysio
Mais de 200 mortos.
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