"DEUS ESPERA DE NÓS MAIS
CRIATIVIDADE E EMPENHO!"
CRIATIVIDADE E EMPENHO!"
Somos
a Igreja de Jesus ressuscitado. Ele espera de nós um empenho constante
para multiplicar os talentos que nos confiou. Nossa fé deve iluminar
nosso comportamento familiar e social para produzir boas obras. Que a
Palavra de Deus seja a nossa luz e que a comunhão com o Corpo e o Sangue
do Senhor seja a nossa força para sermos servos bons e fiéis.
33º DOMINGO DO TEMPO COMUM
1ª Leitura: Livro dos Provérbios 31, 10-13.19-20.30-31
Salmo: 127
2ª Leitura: São Paulo aos Tessalonicenses 5, 6-1
Evangelho: Mateus 25, 14-30
EVANGELHO – MATEUS 25, 14-30
Naquele
tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: "Um homem ia
viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus
bens.
A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida viajou.
O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles e lucrou outros cinco.
Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois.
Mas aquele que havia recebido um só saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão.
Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados.
O
empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco,
dizendo: 'Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais
cinco, que lucrei'. O patrão lhe disse: 'Muito bem, servo bom e fiel!
Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito
mais. Vem participar da minha alegria!'
Chegou
também o que havia recebido dois talentos, e disse: 'Senhor, tu me
entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei'. O patrão lhe
disse: 'Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração
de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha
alegria!'
Por
fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: 'Senhor, sei
que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde
não semeaste. Por isso, fiquei com medo e escondi o teu talento no chão.
Aqui tens o que te pertence'.
O
patrão lhe respondeu: 'Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho
onde não plantei e ceifo onde não semeei? Então, devias ter depositado
meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que
me pertence'.
Em
seguida, o patrão ordenou: 'Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem
dez! Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância,
mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. Quanto a este
servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Aí haverá choro e ranger de
dentes.
Palavra da Salvação – Glória a vós, Senhor.
HOMILIA – Dom Antonio Carlos Rossi Keller
O
talento não era propriamente uma moeda, mas uma unidade contável, que
equivalia aproximadamente a uns cinqüenta quilos de prata. Diariamente,
recebemos de Deus, diversos talentos para administrarmos em nossa vida e
como agimos com eles? Devolvemos a Deus o que de graças recebemos?
Disponibilizamos o nosso tempo para Deus ou nos fechamos ao anuncio do
Cristo Ressuscitado? Aplicamos nossa “vontade” para as coisas de Deus?
Na
parábola o Senhor quer nos ensinar sobre a necessidade de
correspondermos à graça de uma maneira esforçada, exigente e constante
durante toda a vida. Importa fazer render todos os dons de natureza e de
graça recebidos do Senhor. “Tudo o que temos e possuímos. Foi o Senhor
que nos deu com Amor”. O importante não é o número, mas a generosidade
para fazer frutificar. Pois, “Todos os dons ofertados pelo Senhor,
devemos devolver com gratidão, e deixar Deus dispor nossa vida segundo a
Sua Vontade”.
A
nossa Vocação Cristã não podemos esconder, nem tornar estéril,
infecunda, improdutiva. Mas, deve ser comunicativa, apostólica,
transmitida, comprometida. O Documento de Aparecida nos convida a sermos
verdadeiros discípulos/missionários. Não devemos enterrar os talentos
que recebemos, mas sim multiplicá-los e devolvê-los a Deus com alegria.
Para
os fiéis cristãos hoje, não deve passar despercebido, que nesta
Parábola dos Talentos, Jesus quer passar a seus discípulos a doutrina da
correspondência à graça, ou seja, como devemos responder ou devolver a
Deus por tudo aquilo que recebemos e temos: nosso trabalho, família,
nossos bens. Pois a nossa vocação acontece na vida cotidiana, nas
ocupações ordinárias da vida.
Sejamos
prudentes e agradecidos a Deus pelos talentos recebidos. Vamos semear,
cuidar para colher os frutos, para não sermos tratados como servos
inúteis.
O Testemunho do cristão no mundo
Neste
33º Domingo do Tempo Comum, a Palavra de Deus nos recorda a grave
responsabilidade de ser, no tempo histórico em que vivemos, testemunhas
conscientes, ativas e comprometidas no Plano de Salvação que Deus, nosso
Pai tem para com toda a humanidade.
O
Evangelho apresenta-nos dois exemplos opostos de como esperar e
preparar a última vinda de Jesus. Louva o discípulo que se empenha em
fazer frutificar os «bens» que Deus lhe confia; e condena o discípulo
que se instala no medo e na apatia e não põe a render os «bens» que Deus
lhe entrega (dessa forma, ele está desperdiçando os dons de Deus e
privando os irmãos, a Igreja e o mundo dos frutos a que têm direito).
Nossa vida de cristãos precisa dar frutos: de santidade, de caridade, de
renovação do mundo, das nossas famílias, das nossas comunidades.
Na
segunda leitura, São Paulo deixa claro que o importante não é saber
quando virá o Senhor pela segunda vez; mas é estar atento e vigilante,
vivendo de acordo com os ensinamentos de Jesus, testemunhando os seus
projetos, empenhando-se ativamente na construção do Reino. Há poucos
dias, um pastor protestante dos Estados Unidos anunciava a data do fim
do mundo... O dia indicado passou, e o tal pastor desculpou-se de seu
erro, mas dizia que ia refazer seus cálculos. Certamente irá errar de
novo. Para nós, não importa o dia, nem a hora: importa sermos fiéis a
Deus a cada dia, a cada hora, para que, no dia estabelecido por Ele,
possamos ser encontrados preparados, depois de uma vida de fidelidade e
amor.
A
primeira leitura apresenta, na figura da mulher virtuosa, alguns dos
valores que asseguram a felicidade, o êxito, a realização. O «sábio»
autor do texto propõe, sobretudo, os valores do trabalho, do
compromisso, da generosidade, do «temor de Deus». Não são só valores da
mulher virtuosa: são valores de que deve revestir-se o discípulo que
quer viver na fidelidade aos projetos de Deus e corresponder à missão
que Deus lhe confiou.
São
Paulo era homem de urgências apressadas e consciência aguda duma missão
a cumprir. Acreditava na teoria da «vida passageira e breve» onde o
tempo era bem escasso e a vida energia não renovável em contraste com o
muito por fazer, este, sim, inesgotável. Preguiça não era com ele;
desperdiçar o tempo muito menos. Homem de grandes causas e grandes
lutas, coloca-se todo no que fazia. E tudo o que fazia, fazia-o por
convicção. Tinha pressa antes que o Senhor chegasse, para no fim dos
seus dias lhe poder dizer: «Combati o bom combate», agora, Senhor,
acolhe-me no teu Reino pelo qual gastei vida e talentos. Não aceitava
quem não queria trabalhar («Quem não quiser trabalhar que não coma»).
Hoje escreve aos Tessalonicenses e a nós: «Não durmamos como os outros»
porque «não somos da noite», mas do dia. Até que o Senhor venha pedir
contas da vida e do que fizemos com ela. É preciso responder com
fidelidade à missão que Deus nos confiou.
ORAÇÃO
Senhor
nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo
coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o criador
de todas as coisas. Amém!