A realidade

A realidade em números

A vivência da liberdade sem limites tem levado os adolescentes e jovens a terem relações sexuais cada vez mais cedo e essa prática tem sérias consequências, vejamos alguns números:
32% dos adolescentes iniciam sua vida sexual na faixa de 15 anos;
65% dos jovens perderam sua virgindade entre os  15 e 19 anos;
58% de gravidez entre adolescentes são na faixa dos 15 anos.
Através de uma pesquisa realizada com 356 adolescentes com idade entre 12 e 19 anos, que são atendidos pelo Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, constatou-se a seguinte realidade:
62% tinham vida sexual ativa;
30% eram portadores de Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST;
A idade média da primeira relação sexual é de 15 anos;
71,4% dos homens tiveram mais de uma parceira sexual;
28,6% das mulheres tiveram mais de um parceiro sexual.
A pesquisa afirma que “entre os adolescentes, o uso de preservativos é baixo e a atividade
sexual não é programada.”
No Brasil não há informações sobre quais Doenças Sexualmente Transmissíveis prevalece
entre os adolescentes.
O  vírus da AIDS (HIV) pode  ser contraído por  via  sexual ou por contato com  sangue
contaminado. Em Londrina, 90% das contaminações acontecem por via sexual, segundo
dados do Plano Municipal de Saúde. Outro dado de Londrina é que, em 2005, 16% dos
nascidos  vivos  eram  de  mães  com  menos  de  19  anos,  ou  seja,  1.110  mães  eram
adolescentes.
Foram  1.110  meninas  e 1.110  meninos  (  pois  todo bebê  que  nasce  vem  de uma mulher e de um homem) que abandonaram seus  sonhos  e  definiram seu futuro sem planejar.
Há um ensinamento bíblico que diz: “Tudo posso, mas nem tudo me convém.”
Hoje em dia a idéia que se passa através dos meios de comunicação é: devemos  ser feliz a qualquer custo  e  não  importa  quem  vai  paga-lo.  Não  é verdade.
Mas o que é ser feliz?
É fazer o que quer na hora que quer independente dos outros? Não!
É  ter  tudo  de  última  geração:  jogos  eletrônicos, celulares, roupas, tênis, motos? Não!
É  buscar  prazer  imediato  com  bebidas,  transas, aventuras perigosas com velocidade? Não!
É  ser  descolado,  tirar  sarro  das  pessoas,  impor  medo  e sentir-se respeitado por isso? Não!
SER FELIZ é reconhecer-se como um ser que tem um valor tão grande que não se consegue medir.
Pense em alguém que você ama, apenas numa só pessoa,  que  signifique muito prá  você...quanto vale essa pessoa? Você trocaria a vida dela (veja que trocar a vida significa a morte) por uma compra de roupas numa loja de grife? Ou trocaria por uma moto  super  manera?  Trocaria  por  um  emprego seguro, com um salário alto?
Quanto  valeria  a  vida  dessa  pessoa  que  é  tão especial para você? Você consegue definir? Claro que não... sabe por que? Porque a vida vale mais do que qualquer bem material! E tudo o que não tem  preço, não podemos substituir por nada equivalente, torna-se  INSUBSTITUÍVEL... e a isso chamamos DIGNIDADE. Ou seja, não conseguimos atribuir “preço” às pessoas. É isso que nos faz tão especiais e importantes no mundo dos vivos.
Respeitar a dignidade significa olhar o outro e reconhecer nele a vida. Quem olha: vê; quem vê: não ignora; quem não ignora: acolhe e respeita! Portanto, se você não está olhando as pessoas com as quais convive é muito provável que esteja ferindo a dignidade de alguém... E observe se você próprio não está sendo vítima dessa prática.
Quando fazemos de nossos relacionamentos momentos de mero prazer, certamente  estaremos  ferindo  a dignidade de  alguém, pois  o  estaremos  reduzindo a objeto, ou, no caso contrário, nós é que estaremos reduzidos a objetos.
Neste mundo, não vivemos isolados, por pior que uma pessoa possa ser, existe alguém que a ama (sua mãe, pai, avó, amigo, irmão...) e toda vez que fizer algo que não é bom, esse alguém vai sofrer. Essa é nossa vida... nossas ações tem consequências, e por mais independente que nos sintamos, o que fizermos vai refletir em alguém.
Há coisas que depois de feitas não se recupera NUNCA mais...
Desfira  uma palavra  agressiva...  já  era,  o  tempo  não  volta para  você  se corrigir.
Maltrate ou manipule seu namorado ou namorada... já era, a ferida já abriu.
Use de trapaças para levar vantagem... já era, alguém perdeu.
Traia a confiança... já era, reconquistá-la nem sempre acontece.
Perca sua virgindade... já era, será preciso muita disciplina para recuperá-la.
Quando se diz em recuperação da virgindade, significa manter um firme propósito de reservar-se para o matrimônio, a partir de agora em diante. Este compromisso  requer  muita  força  de  vontade  e  mudança  de  atitudes  e comportamentos. Você pode, você consegue, você e a pessoa que vai amar para o resta da vida merecem isso.
Esta reflexão, não quer resolver todos os conflitos, mas quer te alertar sobre como você tem vivido os seus dias, e se possível fazer com que viva melhor e feliz.
No momento em que você descobre que ESTAR VIVO é a melhor de todas as aventuras, vai se sentir feliz por isso e procurar viver bem!
Não significa que não existirão momentos  difíceis, dores, sofrimento. Mas a vida não é feita de uma coisa só:  não se é feliz sempre... mas também não se é infeliz sempre.
O que se quer dizer é que somos felizes e infelizes alternadamente e não tem nada de anormal nisso.
Todo jovem, garotas e garotos, desejam ter alguém para amar e sentir-se amado... isso é próprio dos humanos. Mas viver este sentimento anda meio atrapalhado  ultimamente,  devido  à  “genitalização”  que  vemos  a  mídia divulgando com insistência.
Meninos são reduzidos a corpo sarado, abdômen tanquinho e músculos bem definidos, sem contar... pênis grande...Para as meninas são os seios e o bumbum fartos (nem que seja de silicone), e boas de cama, na primeira.
O que é isso? Uma verdadeira desvalorização do homem e da mulher, que já não valem pelo que SÃO, mas pela sua aparência... deformaram e perderam a sua originalidade.
Coisas  erradas  têm  acontecido  e  a  questão  é:  onde  estão  os  adultos responsáveis? Cadê os pais e mães para dizerem: não?!?!
Sair  sozinho(a) para a balada, com 13 anos, e  voltar para casa às 3 da manhã... não convém!
Dormir na casa do namorado, com possibilidade de transar... não convém!
Não querer transar e ainda assim ceder... não convém!
Morrer de medo de estar grávida e pensar em pílula do dia seguinte, aborto...
não convém!
TEXTO RETIRADO DA CARTILHA "SOU JOVEM! SOU LIVRE?